Parte II
Eu gostaria de fazer aqui uma declaração: quando falamos hoje
sobre seguir os líderes, não estamos falando exatamente dos que dirigem
a igreja de um local especifico. A prática de seguir o líder não está
limitada às sedes da igreja. Isto não é de maneira nenhuma uma crítica
ou censura à direção da igreja. As pessoas escolhem seus próprios líderes
– dependendo de como desejam viver, e você pode sempre encontrar
alguém em algum lugar que lhe indicará a direção que você deseja
seguir. Deus tem ordenado a liderança como meio de guiar em Sua obra
e em Sua igreja. A liderança tem um propósito e uma função válidos. O
ponto aqui é que é perigoso seguir qualquer um cegamente.
Segundo pesquisas e estatísticas disponíveis, apenas uma entre
quatro ou cinco pessoas na igreja hoje está gastando algum tempo em
comunhão pessoal e estudo da Palavra de Deus. Se este é o caso, então
temos hoje, também, um grande número de seguidores cegos. Assim,
não vamos apenas olhar para isso como uma lição da história, mas ver
Como Jesus Tratava as Pessoas 110
onde podemos nos beneficiar das lições que Jesus tentou ensinar ao
grande número de seguidores cegos de Seus dias.
Assim, foi nessa situação que Jesus apresentou a parábola de que é
possível seguir um líder diretamente para dentro da cova. Por que era
assim? Qual era o problema com o povo comum, as multidões que
seguiam, que o faziam tão facilmente enganados?
Primeiro, eles não estavam convertidos. Eles nunca haviam
experimentado a obra sobrenatural do Espírito Santo no coração humano.
A atitude deles para com Deus não havia mudado. Eles nunca haviam
permitido que Deus lhes desse uma nova capacidade que eles não
possuíam de conhecê-Lo. Eles gastavam pouco tempo em buscar
pessoalmente a Deus porque nem mesmo tinham tal capacidade. Nos
dias de Cristo, eles amarravam pedacinhos da Escritura ao redor dos
punhos e da cabeça, em vez de colocá-los no coração. Todas as suas
atividades religiosas se centralizavam no ego. Eles se sentiam satisfeitos
com uma religião externa e aceitavam as formas e cerimônias, mas o
coração se mantinha intocado pela graça de Deus.
Essas pessoas não tinham relacionamento com Deus. Eram vítimas
da salvação pelas obras e o motivo de seus exercícios e padrões religiosos
era garantir bênçãos temporais. Eles gostavam da ideia dos gafanhotos
pararem e não cruzarem a cerca daqueles que pagavam seus dízimos.
Eles estavam interessados no Céu e na oferta de viver para sempre.
Ficaram impressionados pelos pães e peixes – e as doenças que foram
banidas por poucas e suaves palavras de Jesus. Mas, em S. João 6,
quando Jesus falou do pão da vida, eles ficaram decepcionados e
disseram: "Duro é este discurso, quem o pode ouvir?" Verso 60.
As pessoas nos dias de Jesus O aceitavam apenas de maneira
limitada. Eles estavam dispostos a aceitá-Lo como um grande Mestre.
Estavam dispostos a aceitá-Lo como um operador de milagres. Estavam
dispostos a crer que Ele era um profeta. Porém, eles se recusavam a
aceitá-Lo como Salvador, Senhor ou Deus. Sua limitada aceitação
terminou em total rejeição.
Continua ...
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