quinta-feira, 30 de abril de 2020

Segue o Líder II

Parte II

Eu gostaria de fazer aqui uma declaração: quando falamos hoje sobre seguir os líderes, não estamos falando exatamente dos que dirigem a igreja de um local especifico. A prática de seguir o líder não está limitada às sedes da igreja. Isto não é de maneira nenhuma uma crítica ou censura à direção da igreja. As pessoas escolhem seus próprios líderes – dependendo de como desejam viver, e você pode sempre encontrar alguém em algum lugar que lhe indicará a direção que você deseja seguir. Deus tem ordenado a liderança como meio de guiar em Sua obra e em Sua igreja. A liderança tem um propósito e uma função válidos. O ponto aqui é que é perigoso seguir qualquer um cegamente. 

Segundo pesquisas e estatísticas disponíveis, apenas uma entre quatro ou cinco pessoas na igreja hoje está gastando algum tempo em comunhão pessoal e estudo da Palavra de Deus. Se este é o caso, então temos hoje, também, um grande número de seguidores cegos. Assim, não vamos apenas olhar para isso como uma lição da história, mas ver Como Jesus Tratava as Pessoas 110 onde podemos nos beneficiar das lições que Jesus tentou ensinar ao grande número de seguidores cegos de Seus dias. 

Assim, foi nessa situação que Jesus apresentou a parábola de que é possível seguir um líder diretamente para dentro da cova. Por que era assim? Qual era o problema com o povo comum, as multidões que seguiam, que o faziam tão facilmente enganados? 

Primeiro, eles não estavam convertidos. Eles nunca haviam experimentado a obra sobrenatural do Espírito Santo no coração humano. A atitude deles para com Deus não havia mudado. Eles nunca haviam permitido que Deus lhes desse uma nova capacidade que eles não possuíam de conhecê-Lo. Eles gastavam pouco tempo em buscar pessoalmente a Deus porque nem mesmo tinham tal capacidade. Nos dias de Cristo, eles amarravam pedacinhos da Escritura ao redor dos punhos e da cabeça, em vez de colocá-los no coração. Todas as suas atividades religiosas se centralizavam no ego. Eles se sentiam satisfeitos com uma religião externa e aceitavam as formas e cerimônias, mas o coração se mantinha intocado pela graça de Deus. 

Essas pessoas não tinham relacionamento com Deus. Eram vítimas da salvação pelas obras e o motivo de seus exercícios e padrões religiosos era garantir bênçãos temporais. Eles gostavam da ideia dos gafanhotos pararem e não cruzarem a cerca daqueles que pagavam seus dízimos. Eles estavam interessados no Céu e na oferta de viver para sempre. Ficaram impressionados pelos pães e peixes – e as doenças que foram banidas por poucas e suaves palavras de Jesus. Mas, em S. João 6, quando Jesus falou do pão da vida, eles ficaram decepcionados e disseram: "Duro é este discurso, quem o pode ouvir?" Verso 60. 

As pessoas nos dias de Jesus O aceitavam apenas de maneira limitada. Eles estavam dispostos a aceitá-Lo como um grande Mestre. Estavam dispostos a aceitá-Lo como um operador de milagres. Estavam dispostos a crer que Ele era um profeta. Porém, eles se recusavam a aceitá-Lo como Salvador, Senhor ou Deus. Sua limitada aceitação terminou em total rejeição. 

Continua ...

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